quarta-feira, setembro 06, 2006

Árvores

As árvores podadas com machado,
Cortadas sem nenhuma precisão;
Seus caules, aquecendo no carvão,
Refletem tantas marcas do passado.

Nos bosques, nossas matas, um recado,
Deixado pelas marcas sobre o chão.
Dos restos que sobraram no sertão,
O solo empobrecido, abandonado...

Os homens poluíram o cenário,
Afastam das florestas o canário;
Silêncio recobrindo, tão medonho...

Nos caminhos, nascentes abortadas,
Destruindo t’as folhas nas queimadas.
Eu, tal qual as árvores, tristonho...