terça-feira, novembro 21, 2006

Nas margens desta estrada verdes ramos

Nas margens desta estrada verdes ramos
Das plantas arenosas e espinhentas
Recordam tantos sonhos que aparamos
Em meio a tempestades violentas...

Por vezes, as palavras virulentas
Com as quais sem pensar, nos torturamos,
A nos destruir formas mansas, lentas...
À margem desta estrada, não paramos...

As urzes esquecidas nos caminhos,
No corte tão profundo dos espinhos
Morrendo o nosso caso, devagar...

Ao ver as margens desta triste estrada,
Percebo na clareza de um luar
Por que entre nós dois nunca restou nada!