segunda-feira, novembro 20, 2006

Nos olhos violetas a quimera,

Nos olhos violetas a quimera,
Feroz devoradora de esperanças...
Tragando todo amor que se venera
Ferindo totalmente, suas lanças...

Quimera companheira me tempera
Com ácidos humores das vinganças.
A dor que não se queima, regenera
Não some e me consome, más lembranças...

Na poderosa bruma, meu naufrágio.
As nuvens que escurecem não dissipam.
As mortes dos amores já me estripam.

Angústia no meu peito é seu pedágio.
Quem dera ver da vida outra faceta,
Na luz que não dissipa, em Henriqueta!





Henriqueta: Senhora da pátria, poderosa