terça-feira, novembro 21, 2006

Os límpidos luares reticentes

Os límpidos luares reticentes
Em busca da total prosperidade
Lunáticos desejos dos dementes,
Vislumbram com grandeza e claridade.

Lua, minha comparsa, seus poentes
Repetem velhos ritos da saudade.
Meus olhos pobrezinhos penitentes,
Perderam, nos seus raios, mocidade...

Rainha das esferas siderais,
Tortura enamorados com desejos...
Te ergueram seus altares colossais...

Dilúvio dos amores, senhorita.
Testemunha sutil de tantos beijos.
Ao ver-te assim, nublada, uma desdita...