quinta-feira, dezembro 07, 2006

A dama da cidade toda nua
Reflete meu desejo em suas luzes
O canto que permite meus obuses
Nas festas e nas bocas continua.
Se finge que permite já recua
As costas imoladas pelas cruzes
Os seus pés e a garganta plenos d’ urzes
A carne que pretendem toda crua.
A dama da cidade se disfarça
O rosto da vadia mansa garça
E tanto que não fez mas que faria
O povo sem certeza não perdoa
Uma ave aprisionada nunca voa,
Mesmo que apedrejada todo dia...