segunda-feira, março 31, 2008

EU TE AMO! COROA DE SONETOS 174

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Convite para a festa e pro prazer

Festança toda noite prometida,

Eu quero e sempre mais hei de beber

No corpo da mulher rara bebida.

De gozos e rocios, posso crer

Na sorte em tantas luzes concebida.

Fornalhas onde a vida passa a ter

Esta alegria intensa e merecida.

Mergulho no teu corpo, minha praia,

Depois de tantos anos em tocaia

Areias escaldantes, sina sela

Um dia abençoado fabuloso,

Amor que se mostro voluptuoso

A cada novo verso se revela...

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A cada novo verso se revela

A maravilha rara desta estrada.

A rosa sem espinhos se fez bela

Enlanguescentemente apaixonada

Reflete cada brilho de uma estrela

Deixando a noite sempre perfumada.

Um velho trovador ao percebê-la,

A rosa esplendorosa e iluminada

Sabendo deste pobre sonhador,

Deu-se completamente ao nobre amor.

Felicidade, eu sei, é meu direito.

Depois de vencer curvas no caminho,

A rosa se afastando de um espinho

Nos braços deste encanto eu me deleito...

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Nos braços deste encanto eu me deleito

Enquanto em fantasias, gozo gesta,

Amor dando rasante no meu peito
Em alvoroço faz a plena festa,


Tocando os meus sentidos desse jeito
Felicidade imensa já se empresta.
Vivendo desta forma, satisfeito,
Sorriso verdadeiro, o que me resta


É um canto de alegria dentro em mim,
Brotando em mil encantos, meu jardim

Certeza de sentir raros perfumes.

Eu quero e não me canso de pedir

Um brilho mais intenso em meu porvir

Deixando para trás velhos queixumes...

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Deixando para trás velhos queixumes

A solidão se torna assim, estranha

Em torno dos meus sonhos, vaga em lumes
Divina
criatura que se entranha


Trazendo pra minha alma os seus perfumes,
Iluminando a vida tão tacanha
Que tive no passado, em meus queixumes,
A vida em alegria já se assanha


E mostra ser possível, liberdade
Somada com amor: felicidade!

Deixando este sabor feito alegria

Meu verso emocionado te agradece

Amor que se mostrando como prece

Altar maravilhoso, cedo cria...

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Altar maravilhoso, cedo cria

Redime meus pecados, faz a festa

Depois da solidão, dura sangria

A noite não se fez jamais funesta.


“Detalhes tão pequenos de nós dois”
Que fazem, meu amor, a diferença
No gozo que emoldura e no depois,
A vida se renova a cada crença;


Nos cabelos e coxas misturados,

Prazeres coletados, riso e gozo.
Desejos tão sublimes e safados

Amor jamais será pecaminoso.

Vencendo com sorriso, a solidão,

Encontro nos teus braços, sedução


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Encontro nos teus braços, sedução

Um mar em alegria a se verter

Amor que se faz sempre em perfeição


Não deixa um só momento de querer
Que a vida tenha sempre a solução
E deixe bem distante algum sofrer.
Entregando-me assim à emoção


Amando-te eu começo a me perder
Entre tuas pernas e os lençóis,
Descubro a maravilha de mil sóis...

Sentidos aflorando em nossa pele

No quanto fantasia se revele

Eu sinto deste amor todo o poder...

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Eu sinto deste amor todo o poder

Palavra com certeza mais dileta
Nos jogos do desejo e do prazer
Eu quero esta cartela assim completa,


Na fonte inesgotável vou beber
Minha água cristalina e predileta.
Teu corpo com meus lábios percorrer,
Seguindo da querência rumo e seta.


Fazendo nesta noite inesquecível,
Um novo amanhecer belo, imbatível

Tocando em alegria, o nosso peito.

Adentro uma esperança e do teu lado,

Um tempo bem melhor prenunciado

Vivendo plenamente satisfeito.

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Vivendo plenamente satisfeito

Não quero mais algemas nem açoite.

Eu quero o teu amor, mesmo imperfeito,
Teus rastros eu persigo a cada noite.


Amar, sei na verdade, é meu direito,
Procurando algum colo que me acoite,
Do sonho que invadindo já meu leito,
Permite maravilhas no pernoite.


Eu quero o teu amor, e nunca nego,
Garante que jamais andarei cego

Sabendo nos teus olhos, claridade.

Eternizando em glória, primaveras

Vencendo em calmaria tantas feras

Podendo enfim gritar: felicidade!

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Podendo enfim gritar: felicidade

A sorte deslumbrando o que eu queria

Amor que se permite eternidade,
Trazendo uma esperança a cada dia,


Alcanço nos teus braços, liberdade,
Além do que sonhara em fantasia.
Amor trazendo paz, sinceridade,
Renova a minha vida em poesia.


Quem tem um coração enamorado,
No amor encontra o sonho procurado

Desejo sem igual já nos domina

Eu bebo nesta fonte insuperável

Do amor que se mostrando inesgotável

Poreja nossos sonhos, farta mina.

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Poreja nossos sonhos, farta mina

Sorriso que se entorna com malícia

Encanto que de longe me alucina
Formando nesta tela uma carícia


Do cais que me domina e me fascina
Em cada pensamento esta delícia
Deitando no meu peito esta menina

Carinhos que promete, com perícia.

Herege solidão; eu não percebo

Antídoto perfeito que ora bebo

Na boca em que desejos eu revelo.

Vencendo os temporais, irei contigo

Sabendo de teus braços, meu abrigo,

Caminho ao qual destino; cedo atrelo...

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Caminho ao qual destino; cedo atrelo...

Tomando nossa vida, devagar...

Princesa, quem me dera em teu castelo,
Pudesse cavaleiro desbravar


Trazendo o coração como rastelo,
Em solo tão profícuo sempre arar,
Amor que nesta tarde eu te revelo,
Permite que eu consiga imaginar,


Princesa nos braços, bela e nua,
Tocada pela luz da plena lua

Estrada que se mostra prateada

A sanha prometida agora eu vejo

Gritando bem mais forte este desejo

Tornando a boa sorte ilimitada...

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Tornando a boa sorte ilimitada

A vida é muito além da fantasia

Desvendo os teus segredos, minha amada,
E vejo em teu olhar, farta alegria.


A vida sem te ter, um simples nada,
Tu és toda emoção que eu bem queria.
Singrando no teu corpo; extasiada,
Minha alma se derrama em poesia.


Desvendo nos teus olhos, meus segredos,
E juntos comporemos bons enredos

Enquanto esta emoção não se congele.

Eu vejo ser possível ter um sonho

No qual amor intenso eu te proponho

Destino em alegrias que se sele.

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Destino em alegrias que se sele.

Tomando num segundo toda a cena
Teu corpo tatuado em minha pele,
Marcado em cicatriz, doce e serena,


Vontade de te ter, logo compele
À boca delicada e tão pequena,
Amor que num desejo se revele
Promete uma emoção decerto plena.


Percorro no teu corpo, busco o cais,
Tomado por loucuras, vendavais

Tornando o nosso mar tempestuoso.

Singrando estas correntes, quero mais

Sabendo nosso gozo como um cais,

O amor sempre será delicioso.

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O amor sempre será delicioso

Tristeza e solidão, logo ele espanta

Quem dera se pudesse, venturoso,
Falar desta presença que me encanta,


Amor que nos guiando, tão gostoso,
Ao mesmo tempo assim nos agiganta.
Falando deste bem maravilhoso,
Vontade de te ver, é tanta, tanta...


Quem dera meu verso te mostrasse,
Cansaço nos teus braços; repousasse

Mostrando toda a glória de viver.

Na festa prometida magistrais

Delícias em momentos sensuais:

Convite para a festa e pro prazer