sexta-feira, janeiro 22, 2010

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Menino que corria entre mangueiras
Nas sombras do arvoredo, no quintal,
Agora a vida mostra o desigual
Caminho entre loucuras e bandeiras.

As horas que virão; as derradeiras
E o tempo de viver sendo banal,
Moldando o meu sorriso em ritual
Palavras de consolo, corriqueiras.

A morte não me assusta até me atrai,
E o tempo pelas mãos logo se esvai
Não deixo de pensar nesta criança

Correndo pela sala, pelo quarto,
O velho já cansado e mesmo farto,
Ainda traz bem viva esta lembrança...

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