sexta-feira, janeiro 22, 2010

23275

Apego-me aos fantasmas do que fomos,
E teimo nesta luta que bem sei
Não tendo nem sequer regras ou lei
Demonstra no momento o que hoje somos.

Deveras aprendendo a cada tombo,
Revejo os meus defeitos e mentiras,
Até que expondo o peito em finas tiras
Vergasta lava em sangue, na alma um rombo.

E o bêbado persegue estas pegadas
Deixadas nos caminhos, toscos rastros,
A vida sonegando então meus lastros,
A sorte há tanto tempo em vãs guinadas

Percorre o mesmo não por onde vim,
Matando o que restara do jardim...

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