sábado, janeiro 23, 2010

23355

As velas sendo abertas; vou liberto
Por mares que jamais navegaria
Não fora tão enorme a fantasia
E o meu futuro agora, vago e incerto.

Os medos e os pudores eu deserto
Minha alma a tal delírio já se alia,
E vence qualquer dor, frio e agonia
Num mar de ondas bravias, peito aberto.

Há sangue em minhas mãos, fogo nos olhos,
Por mais que ainda veja tais abrolhos
Deveras meu canteiro floreado,

Arcando com meus próprios caminhares,
Expondo sem temor os calcanhares
Adentro este oceano, sina e Fado...