sábado, janeiro 23, 2010

23365

Perdoe quem se fez quase inocente,
Mas sabe os descaminhos desta vida,
A sorte muitas vezes esquecida,
Enquanto a poesia nada sente.

Pudesse neste instante estar presente
A morte não seria dolorida,
Ocaso começando e a despedida
Envolve minha fronte já doente.

Herético; se eu fui não me console
Bebendo esta aguardente, em cada gole
Eu sei dos desafetos que plantei.

Não quero ter o choro falso e o riso,
Apenas o silêncio mais conciso,
O resto; com certeza, deixarei...