segunda-feira, janeiro 25, 2010

23532

Desejo tanto insano que devora
Orgásticas loucuras me consomem,
E enquanto num momento vago somem,
A morte se aproxima sem demora.

Nesta fantasmagórica figura
Imagem refletida num espelho,
Nos ermos da neblina me aconselho,
Enquanto Satanás já me procura.

Sabendo desde sempre que eu insisto
Nos pórticos das sombras, meus altares,
Até que no final ao devorares
Meus restos, a alma sendo de Mefisto,

Demônios e bacantes, gargalhadas,
Adentram numa orgia, as madrugadas...