terça-feira, janeiro 26, 2010

23566

O nada transformando-se no nada
Aonde poderia crer na luz,
Ascendo ao vão inferno; e a mão conduz
À negra solidão tão ansiada.

Especulares sombras dominando
A cena transtornando as ilusões
Demônios vão chegando aos borbotões
Porões escurecidos, me tomando.

À parte dos fantasmas vejo a imagem
De um soberano ser, cruel visão
Que tendo um cetro escuso em cada mão
Reinando na nefasta paisagem,

Em meio à névoa extensa, ri-se, audaz
Em lúbrico delírio; Satanás...