terça-feira, janeiro 26, 2010

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Numa harpa desenhavas melodias
Aonde imaginara em cada acorde,
Um mundo aonde o gozo nos aborde
Diverso que em versos tu dizias.

Magérrima e dantesca criatura
Que em meio aos temporais, se fez profana,
Enlanguescida e tosca soberana
Mortalha te servindo de moldura.

Visões que demoníacas nos tomam,
Caminhos que procuras, espectrais
Na abóboda dos sonhos, seus vitrais,
Mosaicos e arabescos que se assomam.

Quasímodos estúpidos servis,
Reinando sobre a corja; mas gentis...