terça-feira, janeiro 26, 2010

23552

Mansão aonde espíritos vagueiam,
Celebram em sanguíneos sacrifícios,
A morte enaltecendo tais ofícios
Os restos que ficaram se rastreiam

Num brinde feito em pútridos fluídos
Os rastros se espalhando pelos quartos,
Esquartejados corpos, novos partos,
Banquetes por demônios divididos.

Diviso em névoa densa os meus escombros,
Escórias do que outrora se fez gente
E tudo numa orgástica vertente
Os erros inda pesam sobre os ombros.

E as sombras me revelam o que fomos,
Da fruta proibida, simples gomos...