quarta-feira, janeiro 27, 2010

23616

Percebo-te sombria, amargurada
E as trevas de tua alma já se apossam,
Por mais que os novos dias inda possam
Dizer da claridade da alvorada

A sorte, tantas vezes desprezada,
Enquanto as nossas lágrimas se empoçam
E as fantasias tolas sempre adoçam
Realidade tosca não diz nada.

A cada tempo a mesma ingratidão
E nisso se resume a nossa vida,
Encontro a solidão da despedida,

O amor nunca passou de uma visão,
E assim seguimos sós; nada contém
Uma alma eternamente sem ninguém...