quarta-feira, janeiro 27, 2010

23642

Minha alma não reprime os desalentos
Se deles os meus versos são a fonte,
Percebo quando escuro este horizonte
Aonde mergulhar em fartos ventos.
Os dias se passando, os pensamentos,
No quanto se podia crer em ponte,
Sentindo que a verdade desaponte
Não posso mais prever novos proventos.
Apenas os mesmíssimos fadares
Por mais que tão distante navegares
Verás que o verso é feito de emoção.
Entrego algum sorriso e em troca tenho
A podre solidão, cruel empenho
De quem se fez amante e volta ao chão...