quarta-feira, janeiro 27, 2010

23643

Tangesse dentro da alma a harpa sombria
Aonde se moldasse um vasto mar,
E bêbedo de luz a caminhar,
Por mais que toda a vida seja fria.
Aonde se derrama o que seria
Do verso se não fosse o bem de amar,
Perdendo desde agora o meu pomar,
Do quanto quis e nada mais teria.
Assaz glorificante a morte exata
No fundo não seduz e não maltrata
Malogros enfrentando dizem vida.
Asquerosa figura se desnuda
Sem ter quem me condene sonego a ajuda
Prefiro a solidão da doce ermida...