quarta-feira, janeiro 27, 2010

23657

Não quero esta versão que heroicamente
Fizeste para a sorte que não veio,
E sendo assim por certo banqueteio
Fazendo do mesquinho, uma semente.
O beijo que me deste, sempre mente
E o peso do passado de permeio
Moldando este caminho que receio,
No barco que naufrague novamente.
Os pés quando amputados salvação
De quem ao se perder na podridão
Ainda busca a vida, mesmo parca.
E tendo a poesia como amiga,
Por mais que no vazio inda prossiga
A sorte noutros cantos desembarca...