quarta-feira, janeiro 27, 2010

23647

No olhar de quem prepara um simples crime
A fúria desmedida diz que tudo
Não passa deste tempo em que me iludo
Aonde uma verdade não se estime,
A morte sem ventura me redime,
Seguindo em descaminhos, sempre mudo,
No vasto do vazio quando grudo
O verso mergulhado em dor oprime.
Nas carnes decompostas, o prazer,
Se eu tenho vampirescas ilusões,
Os ventos se transformam, turbilhões,
E neles possa ainda mesmo ver
Que nada se fará conforme eu quis;
Porém bisonhamente eu peço bis...