quinta-feira, janeiro 28, 2010

23735

Quisera a minha vida mais augusta
Aonde se pudesse crer na sorte
Que tantas vezes trama a minha morte,
E o pouco do que resta inda degusta.

A voz dos meus espectros não me assusta,
Mas tendo tão somente o fundo corte
E a ausência da esperança que conforte
A vida, mesmo parca tanto custa.

Quem dera algum lampejo de alegria
Enquanto a poesia se esvaia
Deixando a solidão por companheira,

Integro os mais profanos bandos, párias.
Aonde imaginara luminárias
A luz por entre as trevas, vã, se esgueira...