sexta-feira, janeiro 29, 2010

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Não fosse o grande amor que eu alimento
Embora não consiga ter a sorte
De quem ao se perder não acha o Norte,
E encontra invés de paz, tanto tormento,

Pudesse reviver no pensamento
O amor que com certeza me conforte,
Porém sem ter a luz que inda comporte
Apenas tão somente, em vão, lamento.

Agora, se prossigo é pela fé
Já não suportaria mais galé
Meus pés acorrentados? Nunca mais.

Prefiro ao maltrapilho desamor,
Voar com liberdade do condor
Já bastam de procelas, temporais...