sábado, janeiro 30, 2010

23842

Entregue à solidão; meu velho camarada
Depois de tanta luta o final do espetáculo
Conforme imaginara, aquém do tabernáculo
Seguindo em vago sonho entranho-me do nada

A partir do vazio eu busco uma alvorada
Dissera em poesia, um tolo e falso oráculo
A vida em desencanto; o amor sendo um obstáculo
Expressando-me em vão; a sorte abandonada.

Decifro em tal marulho as ânsias deste mar
Pudesse finalmente, o tempo decifrar
Enigmático canto, aonde em luz profana

Herético momento, em busca do prazer
Hedônico imbecil; aguarda no não ter
A noite que inda trague a paz que tanto engana...