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Meu corpo se entregando ao pânico e cansaço
Buscara há tanto tempo um canto em que pudesse
Viver a eternidade imensa feita em prece
Dizendo de um amor, que em sonhos inda traço,
Quem sabe se bebendo a luz de teu abraço
A sorte num momento então visse e viesse
Minha alma sendo exposta à venda em tal quermesse
Da qual não restaria ainda um leve traço
Não fosse a fantasia embalde vaga e tola,
A cruz que inda carrego expondo a nudez. Pô-la
Aonde eu poderia com calma decifrar
O quanto nada existe em lúgubre temor,
Arcando com meu erro, exposto ao novo amor
Bebido nesta noite, em raios de luar.
Buscara há tanto tempo um canto em que pudesse
Viver a eternidade imensa feita em prece
Dizendo de um amor, que em sonhos inda traço,
Quem sabe se bebendo a luz de teu abraço
A sorte num momento então visse e viesse
Minha alma sendo exposta à venda em tal quermesse
Da qual não restaria ainda um leve traço
Não fosse a fantasia embalde vaga e tola,
A cruz que inda carrego expondo a nudez. Pô-la
Aonde eu poderia com calma decifrar
O quanto nada existe em lúgubre temor,
Arcando com meu erro, exposto ao novo amor
Bebido nesta noite, em raios de luar.
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