domingo, janeiro 31, 2010

23934

Delírio de um poeta, exposta em galeria
A vida não passara ainda do vazio
E neste vago tom estóico ainda crio
O quase que talvez trouxesse uma alegria,

As asas que não tenho; o sonho fantasia
E neste sonho eu vejo um mundo que desfio
Em verso e vastidão, num tom de desafio
Atrevo-me a pensar, sutil melancolia.

Exímio sedutor, o amor se maculando
Aflora-se em loucura o que já fora brando
E tudo não passando apenas de promessa.

O peso entesa as mãos e o tempo desampara,
Aclara-se em perdão, a sorte assaz amara
E a sanha desse encanto, em cantos recomeça...