segunda-feira, fevereiro 01, 2010

23978

Aonde imaginara apenas um jardim
Eu vejo destroçado o solo que eu arava
E tudo o que eu queria, aos poucos desabava
Dizendo do vazio aonde e quando eu vim.

Coincidência estranha, a vida é sempre assim,
O vulcão da esperança esconde, cedo, a lava
Minha alma sem saber, de outra alma segue escrava
E nisso acendo então, da bomba um estopim,

Fluindo com ternura um verso poderia
Dizer desta ventura, amena fantasia,
Mas nada do que penso; expressa a realidade.

Augusta melodia, ao longe, quando a ouço
Trazendo na memória, um velho calabouço
E esta melancolia – amiga – não se evade...