segunda-feira, fevereiro 01, 2010

23980

Absorvendo assim infernos, céus e ritos,
Não me vejo retratado em nenhuma faceta,
Apenas quero ser talvez como um cometa,
Deixando em paz e nus, os velhos, torpes mitos.

A voz já se perdendo em busca de infinitos
Aonde quero o fim, o resto que arremeta
Pedaços do que fui, sem nada que prometa
Além deste momento, envolto em sóis bonitos.

Asquerosa figura andando sem destino,
Esgoto feito em alma, amarga criatura
Que tanto já se deu, e assim, inda perdura

Olhando este horizonte, o quanto eu me fascino
Permite-me pensar na vida como um fato
Além da eternidade, à qual em sonhos me ato. (mato?)