terça-feira, fevereiro 02, 2010

24010

O amor tem rituais, aos quais não caberia
Um julgamento tolo e estúpido de quem,
Achando-se supremo enquanto inda convém
Tentar se imiscuir numa outra fantasia.

A mão que me acarinha é a da poesia;
Erótico prazer se meu, de mais ninguém,
E quando uma vontade enorme toma e vem,
O que faço com ela amigo, eu não diria.

Se eu bebo, fumo e gozo, o problema é só meu,
O falso moralismo há muito se perdeu,
Hipocrisia é fato; o amor já não comporta

As trevas do passado, as imbecilidades
A arcaica burguesia estende suas grades
E teima inda em fechar dos sonhos, cada porta...