terça-feira, fevereiro 02, 2010

24016

Não quero mais me dar ao luxo de sonhar,
Zelando pela sorte, o tempo me destrói,
E aonde houvera força, a vida já corrói
E nada do que quis, ainda irei tocar,

Fazendo da esperança algum imenso altar,
O medo me tragando o nada se constrói
E tudo que era meu, a vida aos poucos rói,
Arruinado sonho, um fardo a carregar

E nele percebendo o quanto nada valho,
Esqueço da ilusão, quebrando um frágil galho
Aonde me mantinha em sonhos; sustentado

Percebo que em verdade, apenas solidão
Depois de tanta luta; o mesmo e velho não,
Parceiro mais constante encontra-se ao meu lado...