terça-feira, fevereiro 02, 2010

24035

Deitada sobre a cama, a lúgubre figura
Escancarando em riso imenso brilho, farto.
Adentra sem pedir, invadindo o meu quarto
E mostra-se desnuda enquanto me procura,

Tomado por surpresa ao ver a caradura
Deveras me aproximo e insano não me aparto,
Desejo se aflorando, intenso e louco parto,
Enquanto não descansa a imagem lá perdura.

E bebendo do absinto eu me inebrio,
A cada novo instante um torpe cio
Num vício alucinante, ascendo ao majestoso

E sublime caminho aonde alçando a luz,
Efervescência explode e enquanto me seduz
Satânico desdém num ar quase jocoso...