terça-feira, fevereiro 02, 2010

24033

Aonde se permite apenas o pecado
Esbalda-se em sorriso e ritmos sensuais,
Mefisto em sua glória expõe tais rituais
E o gozo sem limite explica ao fim, o Fado.

Não deve ser talvez por isso condenado?
Nos antros, botequins febris, loucos jograis
Enquanto em vós reluz o que mais desejais
Álcool, anfetamina; orgástico e enfadado

Cadáver perambula adentrando este inferno
Aonde sem saber, aos poucos eu me interno
Vivendo nos motéis, nas camas das bacantes

Na falta de perdão, no amor que não conheço
Na fúria desmedida, assim cada tropeço
No olhar que sempre brilha aos tons dos diamantes.