terça-feira, fevereiro 02, 2010

24022

A minha voz cansada após tanto teimar
Buscando a melodia, ausente desde quando
A sorte pouco a pouco, eu vi se transmudando,
E nela não percebo as ânsias de lutar.

Não posso mais me expor ao turvo lupanar
Do qual imaginara um dia se moldando
Hedônico fantasma, estúpido guiando
A mão do que deseja embalde se salvar.

Inexorável mundo esgota-se por si
Aonde vira luz, decerto me perdi
E nada tendo após somente a dor se emana

Do incenso da esperança, a morte se mostrara
Qual força que transtorna, e nega a própria Vara
A qual feita em cordeiro expõe a face humana...