terça-feira, fevereiro 02, 2010

24029

Minha alma se desnuda em miseráveis formas
Disforme e caricata arranha esta moldura
E quando a paz eterna ainda em vão procura
Extrai de si a face austera que deformas.

Nublada fantasia estende-se nas normas
Aonde o que mais vale, o gozo que perdura,
Tramando desde sempre as ânsias da loucura
Mefisto gargalhando enquanto os ritos formas,

Usando do infinito e trágico poder,
Ao se expressar no açoite esboçado em prazer
Imenso o seu repasto, enorme confraria,

Rebanho feito em treva, estranha confusão
De pernas num delírio aborta a solução
E a cada novo tempo, o demo se recria...