quarta-feira, fevereiro 03, 2010

24090

A flor que ao se murchar nega o verão
Tramando um duro inverno a cada dia,
E enquanto cada sonho desfazia
Apenas frias noites que verão

A sórdida figura da paixão
Aos poucos se perdendo em fantasia,
A noite sem ninguém tanto esvazia
Deixando em teu lugar, a solidão.

E beijo das sarjetas, aguardentes
E peço, pelo menos que tu tentes
Mudar este sarcástico sorriso.

E quando tu vieres, não comentes
O imenso asco que ainda sei que sentes
Do tempo em que me amar fora preciso...