quinta-feira, fevereiro 04, 2010

24161

Aonde em descampados meu futuro
Previra neste oráculo, um cigano
Semeio cada grão do desengano
Cultura que deveras eu procuro,
O céu do embrionário gozo é duro
Ascendo ao Paraíso e já me ufano
Do verso que deveras segue insano
Por onde na verdade, não perduro.
Apenas tão somente uma excrescência
Não trago em minhas mãos, sequer clemência
E vivo sem remédios, por viver.
Um tempo em que se mostrara destroçado,
Ainda molda agora o seu reinado,
Matando o que me resta de prazer...