domingo, fevereiro 07, 2010

24355

Ouvindo tão distante qual alarme
O brado de quem tanto quis um dia,
Agora transformado em agonia,
Sentindo a cada instante maltratar-me,
E tendo da esperança este desarme
Apenas o vazio é que se cria
Lamento torna a noite bem mais fria,
É como se viesse desnudar-me.

E tudo o que pensara se perdendo
A sorte simplesmente assim te vendo
Derrama-se por sobre o casarão,
Tragando alguma luz que inda restara,
É como se o viver parasse para
Poder sentir as neves que virão.