terça-feira, fevereiro 09, 2010

24423

Pudesse imaginar a salvação
Após cada naufrágio em vão mergulho
Do quanto se fizera este marulho
Trazendo as horas toscas que virão

Abastecendo assim cada ilusão,
Da qual sem provisão inda me orgulho,
Afasto do caminho um pedregulho
O verso aonde exige-se elisão

E não se completando segue informe
Por mais que a fantasia me transforme
Do amor ao nada ter, somente um pulo,

No afã de ser feliz, um mero escravo,
As farpas que me dás, querida eu cravo
E o amargo de teu fel; amada, engulo.