terça-feira, fevereiro 09, 2010

24439

Preparas lenços brancos, despedida
E trazes nova aurora em teu olhar,
Por mais que inda pudesse imaginar
Já não seria assim a minha vida.

A sorte pelo tempo agora ungida,
O gozo se perdendo sem ter par,
Vontade de sair e mergulhar,
Porém a fonte amarga, apodrecida,

Extraio deste verso o que pudera
Render a quem se quer a primavera,
Mas vejo que outonal se torna o canto

E sem saber sequer por onde e quando
O temporal; vislumbro, se achegando
E nele só por ele, o desencanto.