quinta-feira, fevereiro 11, 2010

24590

Querendo de teu corpo sempre mais,
Dispenso os meus valores e mergulho
Sem ter sequer noção qualquer de orgulho
Esgoto os meus desejos animais.
Vê como a poesia quer demais
Servindo esta ilusão vago mergulho
Sabendo que deveras quão hercúleo
Trabalho nestes medos ancestrais.
Velórios entre risos, gargalhadas,
As honras deveriam ser guardadas
E dadas aos perfeitos, grãs heróis,
Mas tudo não passando de um engodo
Apenas se prepara a lama e o lodo
No quanto deste sonho tu destróis.