sexta-feira, fevereiro 12, 2010

24630

A noite me promete sempre o não
Eternizando assim o que retrato
Aonde se pudesse algum destrato
Audácia se transforma em negação
Pudesse ter nas mãos os que oporão
Com ódio este caminho que bem trato
Servindo a podridão em fino prato
Deixando a poesia no porão
Teria sem pudores faca e foice
E quando se prepara um novo coice
Galopo em liberdade, sou corcel
Aonde ser feliz é o que me basta
Por mais que tendo uma alma mais nefasta
Da terra avisto o cimo e toco o céu.