sexta-feira, fevereiro 12, 2010

24633

Meu mundo desabando, estou sozinho,
E sei dos meus temores; e os cultivo
Vencido pelo medo, sobrevivo
Enquanto noutros cantos vou sozinho,
Esgueiro-me e deveras me avizinho
Do canto que pensara mais altivo
Reavivando a glória de um cultivo
Que possa transformar uma água em vinho.
Ecoam dentro em mim vozes de outra era
E quando a sorte trama e degenera
A fera se transporte e volto ao não
Por onde sonegara algum final
O canto que pensara magistral
Revolve o que vivi noutra versão.