sábado, fevereiro 13, 2010

24715

Perfume que me encharca, raras flores.
Trazido pelo vento da esperança
Enquanto nesta senda não te opores
A sorte a cada dia além me lança
Não vejo no passado mais as dores
E bebo esta alegria em que se avança
A vida sem descrédito ou temores,
Ganhando sempre força na balança.

Mas quando o temporal cai sobre a Terra
E toda a fantasia me desterra
Exílios que a lembrança ainda afaga,
Recebo calmamente a provação
Os dias noutros dias nascerão
Até que a morte chegue, amarga draga.