sábado, fevereiro 13, 2010

24717

Nas almas e nos âmagos amores
Dispersas ilusões trazendo o gosto
Do fim que se aproxima em vão desgosto
E sabe como podes se não fores
Seguir destinos toscos, falsas flores
Eternizando em nós inverno e agosto
A sorte necessita do amor posto
Acima da ilusão e desamores.
Um mero escriturário, um retratista
Que bebe do seu tempo e não despista
Encara a faca a frio e férreo corte
Não tendo outra palavra que conforte
Ao fim deste caminho vejo em urzes
O que com cores foscas não reluzes.