sábado, fevereiro 13, 2010

24724

Teimosas, nossas dores inda existem.
E formam como fosse algum novelo
E neles o prazer e o pesadelo
Aos poucos se misturam e persistem
Assim as velhas gralhas não desistem
O amor, como é difícil percebê-lo
Nas ânsias de poder ao recebê-lo
Viver as fantasias que desistem
Da imensa caminhada vida a fora
E todo o meu passado ainda ancora
Tornando inevitável o vazio
Do qual noutra ilusão desfeita em glória
Ainda que se mostre merencória
É nela onde deveras refugio.