domingo, fevereiro 14, 2010

24791

O sonho que virá me deixa afônico
E sem saber sequer como evitá-lo
E neste ensandecido e vão abalo
Apenas um fantoche que histriônico

Gargalha pressentindo o desarmônico
Caminho ao qual me entrego e nada falo,
Pudesse na verdade garimpá-lo
E ter além do cais o anti-distônico.

Mas sei o quão inútil tal seria,
Arguta esta insensível agonia
Preparando este bote de soslaio,

Enquanto entorpecido nada faço,
Aos poucos ocupando todo o espaço
Tornando o libertário, seu lacaio.