terça-feira, fevereiro 16, 2010

24923

No frio tão intenso deste agosto
Um invernal caminho se prepara
E tudo na verdade desampara
Causando ao caminheiro tal desgosto
E quando muitas vezes interposto
Percebo a fantasia néscia e rara
Da qual se percebendo quão amara
A vida pela qual se paga imposto
Escravo da ilusão, velho agiota
A morte se tornando o rumo e a rota
A cada dia mostra o seu final,
Ainda perecendo pouco a pouco,
Estúpido fantasma frágil, louco,
Aonde levará cada degrau?