quarta-feira, fevereiro 17, 2010

24964

Deitando o meu caminho na calçada,
Vagando em noite imensa sem a lua
Que ao léu se entrega às nuvens, e ora atua
Em outras plagas distas, vai nublada.

A sorte em tantas dores desmembrada
A vida sendo exposta nua e crua
E enquanto minha estrada continua
Vencida e há tanto tempo desolada

Erguendo o meu olhar, neblinas fartas
E quando da esperança mais me apartas
Tocando com as mãos em carne viva

Percebo quão inútil prosseguir
Sem ter o que pensar, morto o porvir,
Aguardo alguma luz que sobreviva.