quarta-feira, fevereiro 17, 2010

24969

E uma alegria insana, a dor já veta
Deixando por herança a morte em vida
E quando se procura uma guarida
Medonhos festivais, terror e seta,

Perpetuando a noite, se completa
Na arrepiante sombra em despedida
Mergulho neste pouco que ora lida
Com toda a insensatez, caminho e meta.

Vestindo estas mortalhas que me deste
A terra que pisara agora agreste
Impede o renascer de uma esperança

E enquanto estios vários se sucedem
As ânsias e os vazios já me impedem
E a voz sem ressonância ao nada eu lanço.