quarta-feira, fevereiro 17, 2010

25005

Que extrema cada gesto e perde a rota
Depois de ter achado-se infalível
O amor não tem desculpa e sendo crível
A sorte pouco a pouco se desbota
E quando uma ilusão de novo brota
O solo que pensara ser passível
De toda mansidão indescritível
Agora esta aridez mordaz denota.

Queria tão somente ser feliz,
Mas quando a realidade contradiz
Não resta quase nada ao caminheiro
Durante a tempestade, timoneiro
Nas mãos do pesadelo, intemerato,
Mas quando estou sozinho em vão debato.