quinta-feira, fevereiro 18, 2010

25056

Não posso confessar mais a ninguém
Os meus pecados tantos que jamais
Enquanto noutros tempos perdoais
Agora a solidão, deveras vem

Descarrilando a sorte, velho trem,
Em quedas que prometem abissais
Em vós a fantasia que entornais
Transcende ao nosso antigo e caro bem.

Esboço reações, mas nada tendo,
Sequer o descaminho ora desvendo
Detendo sob os olhos o vazio,

E sendo-vos decerto assim leal,
O quanto me transporto ao velho mal
Atrás da nossa porta, em vão, espio.