sexta-feira, fevereiro 19, 2010

25124

Fluindo entre meus dedos, o futuro
Que tantas vezes quis e não sabia
Morria no descrédito; agonia
Eflúvios do passado em ar escuro

Não quero mais sentir a mão pesada
Do escárnio que desfraldas ao me veres
Tampouco apodrecer nestes quereres
Aonde se traduz o eterno nada,

Intensas sensações de dor e medo
Aventa-se possível liberdade,
Mas quanto a vida nos degrade
À fúria do não ser calo e concedo

Um último momento de esperança
Que ao fogo dos incréus minha alma lança.